A Força da Verdade
A verdade aparece
sem dó dos homens.
Seres pequenos do mundo,
mentirosos por natureza.
Infames bocas
que sacodem os verbos
e na mentira se iludem,
vantagens que contam,
tentam parecer melhores.
Constroem máscaras de ferro e chumbo,
onde escondem os rostos e os olhos.
Desviam o olhar
a ponto de parecerem de vidro.
Armadilha para os crentes,
bobos alados,
que aprenderão a mentir,
para não serem os sem-máscara
e para não ferirem-lhes os rostos amostra.
Mas, eis que a verdade surge.
Senhora dos ventos e dona dos verbos.
E mesmo que muda,
Ela aparece,
nunca amena.
Poderosa.
Ninguém a doma.
Chicoteia os rostos,
faz cair as máscaras de chumbo ao chão.
Vistos, agora, nus os rostos.
Ela se envergonha dos homens.
Filhos ingratos.
Surra-lhes com a força majestosa da verdade.
Ela traz o alívio, contudo.
Porque a mentira pesa aos ombros.
Mas seus filhos retornam ao vício
e rendem-se à mentira sempre.
Pelo prazer de ser homem.
Pela vontade de ser e querer mais.
Lumen
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