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quarta-feira, 28 de maio de 2014

O amor dá para todos (animais em casa)!


Sou apaixonada por bichos. Sempre fui. Respeito todos e gosto de muitos. Acredito na evolução da humanidade a partir do respeito aos indivíduos - de qualquer espécie. 

Acho que nós, humanos, temos muito o que aprender voltando aos períodos pré-civilizados e nos incorporando ao natural que deixamos de ser, nos vendo mais organicamente e mais iguais às outras espécieis. No entanto, conto com a civilidade para a consciência de alguns atos que trazem grandes responsabilidades (é o mínimo que podemos requerer desta condição que criamos): saber se colocar no lugar do outro, por exemplo. Esta façanha que nos dá a obrigação de respeitar mais que qualquer outro ser, de cuidar, de zelar, como se fôssemos nós mesmos!
Enfim, se somos civilizados, devemos ser no que melhora a nossa relação com aqueles que seriam como nós, se estivéssemos antes! =)

Quando fiquei grávida já sabia o que estaria por vir. Com 13 gatos e 3 cães em casa, continuaria a ouvir as críticas de sempre, só que pioradas. Sabia que os conhecidos e alguns amigos (pois os amigos mais próximos nem arriscariam) começariam a exercer o papel de cuidadores das boas tradições lembrando que com a chegada de Gael eu não poderia mais compartilhar a cama com meus filhos caninos e felinos, ou deixá-los livres pelo cômodo, ou estar em contato íntimo com eles mais. Nada de compartilhar alimentos, de deitar na mesma cama etc. Bulshit.


Tive muito medo do contato com meus gatos durante a gravidez pelo peso que eu causaria a eles, caso ingerisse alguma verdura contaminada e contraísse toxoplasose. Pedia desculpas a eles diariamente por isso, e prometia que estava me comportando na ingestão de saladas pela rua, carnes cruas, etc. Garanti que jamais iria deixar que uma ingestão de alimento mal lavado fizesse todo o mundo recair sobre eles como culpados por eu ter toxoplasmose. Imaginem vocês que em quase 10 anos na presença de meus felinos (todos resgatados das ruas), de outros na rua, e de outros em abrigos, eu jamais havia tido contato com a doença - os exames da gravidez confirmam - e pasmem: ainda grávida, com todo o mesmo contato, nada mudou. Nenhum sinal de contato com toxoplasmose (seria benéfico pra mim que eu tivesse tido contato antes e já tivesse os anticorpos desenvolvidos para a gravidez). 

Quando Gael nasceu tive também outra preocupação (e essa tenho até hoje): como manter a atenção a todos, com um novo membro em casa, cansada, morta, sem dormir, sem tempo... todos eles sentiram - e sentem muito, mas, desde sempre, estabeleci o contato. Integrei como pude, todos em uma só família. 

Hoje, para meu alívio, Gael começa a buscar eles com mais frequencia. O ciúme que foi causado em algum momento pela falta de atenção está diminuindo. Todos se lambem, reclamam uns com os outros, brincam, pegam brinquedos, interagem. 

So sei que Gael, até hoje, não apresentou nenhum problema de saúde relacionado aos animais. Nem processos alérgicos, nem nada. Alguns sustos e acordadas com latidos, sim. Mas também muitos risos com as brincadeiras de Penny, Petit e Panqueca em volta dele e com os miados e dengo de Simba, Dorothy, Pretinha, Sissi, Pepê, Bibo... Gael está sempre buscando oportunidade de pegar nos meus filhotes mais velhos que muitas vezes fogem dos carinhos agressivos dele. A preocupação muitas vezes se volta aos bichos.

Se há algo que Gael vai entender é que ele é igual. Ele apenas não: é que nós somos. Que nós todos sentimos, temos vontades, necessidades, nossos momentos de tristeza, alegria, dengo, raiva, etc. e que precisamos todos de respeito.

Sou feliz por poder realizar essa parte da educação diariamente, em casa, no convívio leve da rotina. Moro em um local onde cavalos e vacas andam pelas ruas e Gael não precisará de livros e zoológicos para conhecê-los. 

Logo logo, Gael será inserido na rotina do cuidado, do carinho que é preciso ter com aquela vida que nos dispomos a cuidar quando tomamos a decisão de adotar. Ah, e sim, e saberá que vida nenhuma se compra! Tampouco, são compradas as amizades. Todos os animais que fazem parte da nossa família foram pegos na rua, sem troca, sem nenhuma exigência de perfil. Foram aceitos, inseridos e amados independentemente de tamanho, cor, barulho ou necessidades individuais. Chegaram e ficaram assim mesmo como são. E como devem ser os amigos, nossa família, eu, você...


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Maína Marinho Diniz

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